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Marradas, cornadas, coices e algumas lambidelas

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A culpa é da vaca

Convenhamos, foi ela que provocou...
É preciso ter cuidado com as vacas...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Quando o tempo não dá para mais nada...

Quando o tempo não dá para mais nada, roubo um bocado dele e fujo para aqui a correr só para deixar um beijo.
Porque tem de haver sempre tempo para um beijo, pelo menos para um só, quando já não há para mais nada...
E como um beijo vale mais do que mil palavras, ou mugidos, neste caso, cálo-me e beijo.
De olhos abertos, para ver de perto os olhos do beijo!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Bom Fim-de-Semana












E um grande e merecido momento de descanso para mim, que apesar de já ter chegado um bocado tarde, vai ser sorvido, absorvido e usufruído ao máximo!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Lar doce lar

As pessoas e as casas ou as pessoas são como as casas

Há pessoas que são como a Nossa casa. O Lar. Conhecemos cada cantinho, cada cheiro, cada rodapé solto, cada parede esmurrada. E é tão bom chegar a casa, à nossa casa, no fim de um dia estafante de trabalho.
Ter dois braços abertos, quentinhos, e mesmo que nessa semana nos tenhamos esquecido de limpar o pó, é a nossa casa. Podemos refastelar-nos no sofá, pôr os pés em cima da mesinha de apoio, calçar as pantufas ou andar descalços, porque a casa é nossa.
O conforto que nos dá torna irrelevantes os pequenos defeitos como a porcaria da exautão da cozinha, ouvir os vizinhos do primeiro andar bater a porta, quando se mora no sétimo... com o tempo habituamo-nos e esquecemos esses pormenores.

O hábito também traz alguma preguiça. É preciso ter cuidado, porque como é a nossa casa, podemos deixar a mesa da sala parecer um monte de papéis, a cama por fazer, não lavar a louça do almoço,... mas se começarmos a abandalhar demasiado, a nossa casa começa a tornar-se desconfortável, e as pessoas ressentem-se, quando não as aspiramos há mais de quinze dias.
Podemos compensar com uma daquelas limpezas gerais que depois só nos faz apetecer ficar a comtemplar as janelas reluzentes, sentar no sofá sem amarrotar e sentir o cheirinho a lavado, a olhar para ele enquanto dorme, sem tocar, só olhar; mas o melhor é investirmos em pelo menos uma limpeza semanal, para não deixar acumular.
E no caso das pessoas, não devemos deixar as limpezas ao cuidado da mulher-a-dias... Há que ter muita cautela, e as mulheres-a-dias partem muita louça sem querer...

É tão bom, quando apetece mesmo limpar a nossa casa.
A nossa casa...

Mas às vezes é preciso mudar.
Porque a casa se tornou pequena, porque há mais alguém a morar lá e o espaço não nos chega, porque nos baldámos na arrumação e se tornou desconfortável, porque não conseguimos pagar a renda, porque fomos despejados, porque nos apaixonamos por uma moradia...
E cada mudança é realmente um trauma. E aí as pessoas já não são bem como as casas. Porque custa muito mais mudar os sentimentos do que carregar dez frigoríficos para um décimo andar sem elevador. Ter a vida em caixotes, o coração na casa nova, os miolos num armazém, a saudade repartida entre livros e cds na casa antiga,... Custa tanto que às vezes perdemos a coragem de mudar, e vamos ficando! Mas há que ter tomates, ultrapassar os traumas, e ajuda muito quando a próxima casa é muito mais quentinha do que a anterior...

Há sempre uma fase de adaptação à casa nova, porque no início, ainda não é bem nossa, porque não trouxemos tudo da casa velha, porque as nossas coisas ainda não se encaixam completamente na nova arquitectura. É preciso estudar, perceber de que lado fica melhor a estante, o que dizer quando ele acorda com a trovoada...
Mas quando a casa nova passa a ser a nossa casa...

Não há casa como a nossa.

Agora vou desemplasticar as almofadas novas que comprei para o sofá. Já tem uns anos, o sofá, mas ninguém me abraça e faz sentir em casa como ele!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Os putos

A entrada do prédio onde moro dá para um pátio, onde uns miúdos costumam barulhentamentamente jogar à bola, para desespero dos vizinhos dos primeiros andares.
Num dia destes, eu ia a sair de casa e a passar pelo dito pátio, onde, como de costume, jogavam à bola os putos.
O jogo pára, para eu passar, e ouço atrás de mim dois miúdos, mais ou menos com uns sete anitos, em sussurros:
«Anda lá diz»
«Não, diz tu.»
«Oh, fogo...»
Depois em voz alta:
«Oh senhora, senhora!»
Eu viro-me quando percebo que é comigo...
Outra vez sussurrrado: «Anda lá, diz!»
«Oh senhora "fachavor", podia-me apertar os cordões?»
Baixinho, quase ao ouvido: «Diz "por favor"!»
Baixinho: «Já disse.»
E depois para mim: «Por favor...»
«Ok. Já está», digo eu.
«Diz obrigado.».
«Obrigado»
E saem os dois disparados a correr. E eu continuo o meu caminho, mas agora com um sorriso de orelha a orelha.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O amor está no ar...

E é preciso cuidado para ele não cair...
Porque este dia activa o piroso que há dentro de cada um de nós, apelo a todos, nestas horas que restam para que termine, TENHAM BOM GOSTO!
Ou então, divirtam-se, e pronto.
Mas nunca ir jantar fora, só porque é dia de S. Valentim.
Nunca comprar uma prenda, só porque é dia de S. Valentim.
Nunca, mas nunca, nunca, nunca dedicar músicas na rádio, mesmo que seja dia de S. Valentim...
Evitar as músicas meladas, fugir das rosas, nem pensar em olhar para os postais.
E está quase, mais umas horitas e posso voltar a ser romântica.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Trabalho, trabalho, trabalho, trabalho

Raios partam o trabalho. Estou cheia de trabalho. Por todos os lados. Estou cheia porque é muito e estou cheia, porque estou farta!!! E por todos os lados, que ainda por cima são muitos.
Faaaaarrrtaaa!
Cansaaaaaaaada!
Faaaaarrrtaaa!
A ficar maluca...
Sou daquelas raras pessoas com sorte, faço o que gosto e gosto do que faço.
Mas, suspiro, será que não podíamos, de vez em quando, ir de férias quando nos apetecesse muito???
A mim apetece-me muito agora desaparecer.
Imaginemos, eu mandava tudo às urtigas durante três semanitas, continuava a receber o pilim certinho (continuava, que é como quem diz...), e ia de férias. Depois voltava, aplicava-me mesmo muito e trabalhava cheia de empenho e vontade, até à próxima vez que não me apetecesse ir trabalhar...
A mim parece-me uma boa ideia.
Infelizmente, tenho a sensação de que as pessoas que dirigem os lugares onde trabalho (pois, no plural) não iam achar muita graça... Mas afinal eu não sou uma profissional liberal??... Podiam liberalizar-me um bocadito!
Isto de se ser biscateira é muito giro, mas os recibos verdes deviam ter algumas vantagens...
Ups... já é tarde. Raios. Tenho de ir trabalhar!!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Que fresquinho bom...

Não há nada melhor do que o frio para nos sentirmos invadidos por uma onda de ternura e carinho.
É tão bom acordarmos abraçados, quentinhos, quando sabemos que lá fora o gelo arrefece a vontade de sair para trabalhar...
Só mais cinco minutinhos... e apertamo-nos um contra o outro, com os narizes dentro dos lençois de flanela, como se a roupa de cama se tratasse de uma tenda de campismo no Nepal... Um verdadeiro ninho de Amor!
O amor é lindo, mas no Inverno ainda mais!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

E se um desconhecido...

Essa coisa do desconhecido que chega do nada e oferece flores, para mim não é impulso nenhum. Ninguém no seu perfeito juizo, sem mais nem menos, oferece flores! As flores estão caras...
Se um desconhecido me oferece flores eu quero meter-me no primeiro buraco que me aparecer.
E se o desconhecido se armar em delicado... Pior ainda.
Podem estar a pensar, «ah o desconhecido é indiano». Mas eu disse "oferecer"...
Porque carga de água há-de um desconhecido querer dar-me flores? Se ele nem sequer me conhece... Não vale dizer, «se calhar é mesmo por isso...». E mesmo assim, porquê????
Detesto situções em que não sei o que fazer.
Não posso agradecer as flores que um desconhecido me dá, sem razão nenhuma, porque se não há razão, não há motivo para agradecer! Não posso recusar, porque estaria a ser indelicada para alguém cuja atitude, afinal de contas, não ofende ninguém....
Não ofende, mas irrita. Raios partam os desconhecidos que oferecem flores.
Detesto que me tirem o tapete. Detesto não saber como agir. Detesto os desconhecidos armados em espertinhos, em «espera aí que eu já te arrebato ao mostrar-te como tu me arrebataste». Eu não arrebato desconhecidos. É pura ilusão! E não me apetece ter que perder tempo a desfazê-la!
Não tenho falta de auto-estima. Tenho-me em boa conta (se calhar até demasiado). Também gosto de causar boa impressão. E gosto que gostem de mim. Mas, sem a menor sombra de dúvida, desejo que o façam com conhecimento de causa.
Se um desconhecido me quiser oferecer flores, deixe lá, não vale a pena. Mas se tiver mesmo que ser, pelo menos que seja giro (o desconhecido, que eu p'rás flores estou-me nas tintas...).