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Marradas, cornadas, coices e algumas lambidelas

sábado, 29 de março de 2008

Até que a DGI vou chateie

Apesar de já pouco fresca a novidade, eu continuo de boca aberta. A notícia do jornal Público explica, para aqueles que ainda não sabiam (ah e já agora carreguem aqui):
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«DGCI ameaça noivos com coimas se não derem informações sobre o casamento
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Por Vítor Costa
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A Direcção-Geral de Impostos (DGCI) está a enviar cartas a contribuintes recém-casados pedindo que estes respondam, ao abrigo do dever de colaboração com a administração fiscal e no prazo de 15 dias, a um vasto conjunto de informações relacionadas com a realização do seu casamento.
Caso não o façam dentro do período temporal estabelecido, são ameaçados com a instauração de um processo de contra-ordenação fiscal punível com uma coima que varia entre os 100 e os 2500 euros.
Esta acção de inspecção não é original. Já em 2005 a DGCI tinha levado a cabo uma operação deste género, na qual, tal como agora, o objectivo era controlar se os serviços prestados por restaurantes, fotógrafos, floristas, entre outros, são devidamente contabilizados. Para além das informações, o fisco pede ainda que sejam enviados os respectivos documentos que comprovem o pagamento, como facturas e recibos.
Nas cartas agora enviadas, destaca-se, no entanto, o pormenor e a extensão das questões colocadas aos noivos, que se vêem mesmo obrigados a prestar a informação sobre se existiu, ou não, outro casamento ou outro evento no mesmo dia e lugar que o seu. O pedido de informações vai, no entanto, a inúmeros outros detalhes. Qual o número de convidados adultos e crianças e quanto foi o valor cobrado por cada um deles; se o vestido de noiva, por exemplo, foi oferecido e, se sim, por quem, e quanto pagou o oferente. O fisco quer ainda saber como foram pagos os diversos serviços prestados, como o copo-d´água: por cheque? Se a resposta for positiva, qual a data do cheque, o banco e o seu número. E se o pagamento foi feito, por exemplo, de forma parcelar com cheques pré-datados, então, os noivos devem ainda identificar cada um dos cheques e, se possível, enviar fotocópias dos mesmos.
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A pedagogia...
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Numa das cartas a que o PÚBLICO teve acesso, já enviada este ano, a Direcção Distrital de Finanças (DDF) de Viseu começa, de forma pedagógica, por explicar que a "fraude e evasão fiscal, presente em diversos sectores da nossa economia, visam a frustração do pagamento dos impostos devidos, diminuindo intencionalmente a tributação efectiva e a real capacidade contributiva de quem as pratica". E é por estas razões, explica-se na mesma carta, que "o combate à fraude e evasão fiscal constitui um imperativo, só possível de concretizar com a colaboração e empenho de todos os cidadãos, de modo a conseguir um sistema fiscal justo e equilibrado e uma atenuação da carga fiscal dos que cumprem". Assim sendo, sublinha-se na missiva, estando a decorrer "uma campanha inspectiva e de prospecção no sector da restauração" e tendo a DDF de Viseu "tido conhecimento, através de elementos disponíveis nos nossos serviços, que V.as Ex.as contraíram matrimónio, vimos pelo presente ofício solicitar a colaboração de V. Ex.ª, a fim de apurar a verdadeira situação tributária das entidades inseridas no referido sector"
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.... e as ameaças
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A carta prossegue, mas já com ameaças. "Ao abrigo do DEVER DE COLABORAÇÃO consagrado" na Lei geral Tributária, no Regime Complementar de Procedimento da Inspecção Tributária, no Código do Procedimento e Processo Tributário, nos códigos do IRS, do IRC e do IVA, "solicitamos a V. Ex.ª a devolução, no prazo de 15 dias, para a morada, fax ou pessoalmente (segunda-feira e terça-feira), a esta Direcção de Finanças, do questionário anexo ao ofício, devidamente preenchido e assinado". O ofício conclui alertando "para o facto de a falta de envio das informações solicitadas, dentro do prazo fixado, ser considerada contra-ordenação fiscal punível com coima nos termos do artigo 117.º do Regime Geral das Infracções Tributárias". Diz o artigo que "a falta ou atraso na apresentação ou a não exibição, imediata ou no prazo que a lei ou a administração tributária fixarem, de documentos comprovativos dos factos (...) constantes das declarações, documentos de transporte ou outros que legalmente os possam substituir, comunicações, guias, registos, ainda que magnéticos, ou outros documentos e a não prestação de informações ou esclarecimentos que autonomamente devam ser legal ou administrativamente exigidos são puníveis com coima de 100 a 2500 euros".»
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Eu acrescento que a DGI deveria, rapidamente, começar a escrever aos viúvos, viúvas, orfãos e orfãs deste país a perguntar se o falecido foi cremado ou eterrado, a pedir as facturas da urna, do coveiro, do serviço religioso, das flores... Desconfio que andam por aí muitas agências funerárias a não declararem todos os mortos que enterram...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Coisas que me fazem pasmar...

... e suspirar!!!
No sistema de ensino português, quando acontecem coisas como esta, ou outras de igual ou maior gravidade, como os alunos se encontram dentro da escolaridade obrigatória, o maior castigo que podem sofrer é serem transferidos de escola.
A minha dúvida é, afinal quem é o castigado, o aluno transferido, ou os desgraçados da outra escola (professores, pais, alunos, funcionários), que não fizeram mal a ninguém e que vão ter que levar com a criatura do demo?
É extremamente pedagógico levar com um elemento novo e potencialmente perturbador no seio de uma turma a meio ou (neste caso) no final do ano lectivo.
Imagino o que pensarão alunos, pais, funcionarios e professores, que passaram quase um ano lectivo a portarem-se bem, quando receberem, certamente de braços abertos, as criaturas que lhes acabarão com o sossego (e se não se puserem a pau, com o canastro). Vão certamente deixar de acreditar na justiça divina!
Sim a escola e toda a comunidade educativa (que se calhar, pode até ter um bocadito de culpa também no cartório) de onde o elemento perturbador (ou "a besta") sai ficam claramente benificiados, mas e a escola que o tem de o receber, que não fez mal a ninguém???
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É caso para dizer, vai chatear outra, que eu não quero saber!
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segunda-feira, 24 de março de 2008

Descanso da vaca!

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A curtir as pseudo-férias (são só férias da parte da tarde), ao mesmo tempo que aproveito para curar a crise de sinusite.
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Pode parecer pouco, mas estes momentos de descanso (em que me baldo indecentemente de arrumar e limpar a casa e de adiantar trabalho para a semana) são do melhor.

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Já está o filmezito dentro do DVD, agora é só play e está a andar!

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Volto só se houver novidades.

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Páscoa Feliz

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Finalmente um fim-de-semana prolongado, depois de meses a "sofrer" fins-de-semana reduzidos. Por isso a minha Páscoa não vai ser feliz, vai ser radiante, vais ser histérica de tanta alegria e tempo para não fazer nenhum.
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Trálará "Foi na cruz, foi na cruz que um dia cruxificaram Jesus, por isso vamos vingar o Senhor morfando cabrito, que como é católico e pequeno, não se sabe defender!"
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sexta-feira, 14 de março de 2008

Está quase

Amanhã à tarde entro de fim-de-semana e Quarta-feira à noite (em princípio e se nada correr mal) começam as minhas merecidas mini-férias até Terça-feira seguinte...
Estou quase... Já só tenho que aguentar mais um bocadito e depois já posso dormir, comer em condições e a horas, descansar, ficar doente, namorar, pastar...
Enfim o mais que justo descanso da guerreira!
Só mais um bocadinho...
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(resta dizer que este bocadinho custa a passar como o caraças... são só três actas, grelhas várias de avaliação - quatro gerais e mais os registos dos instrumentos de avaliação -, mais alterações ao plano curricular, grelhas para detecção e superação de dificuldades, relatório das actividades dos estágios e relatório das actividades da semana cultural...
Devia ter seguido uma carreira de práticas administrativas, era capaz de ter menos papelada para tratar...
Afinal não falta nada pouco, não está nada quase...
Que rico fim-de-semana! SUUUUUSPIRO)

quarta-feira, 12 de março de 2008

O Melhor do Mundo

São as crianças...

segunda-feira, 10 de março de 2008

!!!

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domingo, 9 de março de 2008

Hitler e o Bambi


Texto publicado na Sexta-Feira no Jornal de Notícias. Só me sai um Suspiro... E nada mais consigo articular sobre o assunto!

«Os desenhos de Hitler

F.Cleto e Pina
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Segundo William Halkvaag, director de um museu norueguês dedicado à Segunda Guerra Mundial, situado nas ilhas Lofoten, Hitler terá desenhado algumas personagens Disney.

Em declarações ao semanário alemão "Der Spiegel" on-line, Halkvaag terá encontrado quatro desenhos escondidos dentro de um quadro, representando uma paisagem da Baviera, atribuído a Hitler, que adquiriu num leilão na Alemanha no ano passado. Ao abri-lo, encontrou quatro aguarelas, com cerca de 35 cm de altura, representando Pinóquio e três dos anões da Branca de Neve (Mestre, Dunga e Dengoso), estes últimos assinados A.H..

O especialista norueguês, de 59 anos, está convencido de que os quatro desenhos, possivelmente de 1940, são da autoria do ditador alemão, que tentou fazer carreira como pintor antes de ascender ao poder - mas foi recusado pela escola de belas artes austríaca em que se inscreveu -, já que as iniciais assinadas assemelham-se bastante a outros exemplares da sua caligrafia.

É de há muito conhecida a admiração que Adolf Hitler nutria pelos desenhos animados Disney e, em especial, por "Branca de Neve e os Sete Anões", baseado num conto tradicional germânico, de que possuía uma cópia. Essa admiração nasceu na sequência da oferta, por Joseph Gobbels, de diversos filmes protagonizados por Mickey Mouse, em 1937, o que levou Hitler a promover a criação de uma produtora de desenhos animados na Alemanha.

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos dos países envolvidos no conflito utilizaram o cinema, a animação ou a banda desenhada e os seus principais heróis para difundirem os seus ideais e apelarem à participação das populações no esforço da guerra.E são bem conhecidos "O Grande Ditador" (1940), de Chaplin, "A face do Fuhrer" (1943), protagonizada pelo Pato Donald, galardoada com um Óscar, ou a participação do Super-Homem e do Capitão América nos combates contra as tropas do eixo, chegando este último a esmurrar directamente o ditador alemão.

Menos divulgado, naturalmente, é "Nimbus Libéré" (1943), uma produção alemã a preto a branco, com cerca de minuto e meio, que mostra Pateta, Mickey, Popeye, Donald ou Felix the Cat, envolvidos num bombardeamento indiscriminado na França, causador de vítimas civis, para supostamente a "libertarem".»

sábado, 8 de março de 2008

A propósito de manifs...

Dá um pontapé na vaca:

quinta-feira, 6 de março de 2008

Ode ao Basculho

"Roubei" o seguinte texto daqui blog do submarino, mas não resisti, porque desde Alfred Jarry que ninguém escreve assim.
Deleitem-se:

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«ODE AO BASCULHO
Cruzei-me com um basculho
Numa rua com alto barulho
E pensei escrever-lhe uma ode...
Só quem o conhece pode:

1º capítulo
Evocação

Floresces em negras montanhas
Teu ninho ajeitas e amanhas
Tentas perverter o sistema,
Urdes um qualquer esquema
Levantas tua sinistra face
Preparas-te para qualquer enlace
Pois sabes que és mesmo feia
E teu sovaco é chulezenta meia.
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O basculho é sectário e só
Nas partes fodengas agasalha pó
Mas quando um cai na sua teia
Ou vai, ou racha! Ou come, ou arreia!
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E foi assim numa noite escura
Uivando pela minha sepultura
Lembrei-me no dia da liberdade
Que Porra! Tem de haver igualdade!
E disse: "Eu quero o meu basculho.
Metam-mo num embrulho
Em cores de vermelho e prata
Como quem não quer, mas engata.
Os meus direitos já conheço
E meus neurónios entorpeço.
Saia, então, um desses odres
Pois qual Dinamarca, meu reino é podre."
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E ela levantou-se hossanas gritando,
Seus longos braços, tortos, acenando,
Seu lindo olhar, negro, soltando,
Seu belo traseiro, gordo, se farpando,
Sua voz maviosa, estridente, guinchando,
Sua pele luzídia, porca, mostrando,
Chama-me com seu hálito tresandando
E eu, louco... ia quase desmaiando...
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Botei mais um golo desse gin
Sabia que tinha de dizer que sim
Ataquei a botelha, dei-lhe sem perdão.
De tudo sairá, menos um "não"!
E até ao fim a botelha entornei
É certo, Deus, no vinho pequei,
Mas como a gaja no Verão medra
Comer um basculho é uma pedra.


2º capítulo
Acção

Cavalgava-a, agora, por trás
Possuía-a como Satanás
E ela uivava como uma hiena
Queria da grande... e também da pequena.
Toma lá, sua rata do esgoto
És linda, pareces meu escroto.
Consegues, enquanto rompo o buraco
Leviana lamber-me o saco?
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A tropel saltei-te na frente
Sentiste meu troço ardente
(E como a bíblia sempre leremos,
Aí vai, meus caros: Oremos!)
Do sofá furei já o estofo
Tua rata tresandava a mofo
Meti-lha, então, na cloaca,
Não falava, lá tinha a estaca.
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Altaneiro, já me sentia Rei
Encavar-te era a minha Lei
E dar-te-ei tantas meu vacão
Que terei teu nariz por ususcapião.
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Teus bigodes coçam-me o salho
Enquanto lençóis louco emporcalho...
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Venho-me, agora, nos teus dentes
Trincar-ma, nem sequer tentes
Que te dou com meus guizos duros
Ponho essas bordas a render juros
Esporro-me no teu ouvido,
Pelo nariz sai o que tinhas bebido
E enquanto pelo meu pau almejas
Nas bordas da gaita com os lábios esbordejas...»

segunda-feira, 3 de março de 2008

Os mamíferos!

O poder não estás nas mãos dos homens, nem tão-pouco nas das mulheres.
O poder está do lado das senhoras sim, mas no decote. Ou melhor, no que o preenche.

É verdade. É um facto (pode questionar-se a base científica desta afirmação, mas ela assenta toda na minha capacidade de especulação, que não deve, de maneira nenhuma, ser subestimada).
As mulheres transportam ao peito a capacidade de dominar o mundo. Nem todas é certo e umas mais (ou muito mais) do que outras, mas enquanto a gravidade não faz das suas, é muito fácil para uma mulher persuadir um homem, levá-lo a satisfazer-lhe todos os caprichos.

Não sei se há algum instinto de preservação da espécie inconsciente nos homens, que os faz ver numa mulher de peitos fartos uma boa fonte de alimentação para futuros filhos (e até para si próprio, em tempos de crise...) mas, de facto, a esmagadora maioria deles está a marimbar-se para a inteligência, cultura ou simpatia de "quem sai ao pai" em matéria de glândulas mamárias.
Freud provavelmente diria que é uma transferência da imagem materna para o objecto de desejo, mas convenhamos que, na prática, a relação deles com os nossos peitos, é tudo menos filial...

Eu, como muita gente de bom-senso e educada para ter alguns escrúpulos, evito abusar desta arma poderosa, mas a verdade é que já se revelou imprescindível em situações mais complexas e não as trocava por nada deste mundo...

A meu tempo terei que descobrir outras formas de corrupção (porque tudo que é bom acaba depressa), quando esta venha a revelar-se a única saída, mas por enquanto sabe bem ter a confiança de que se tudo o mais falhar, há ainda dois planos B...

sábado, 1 de março de 2008

Orgulho

Sou eu.
Sou uma vaca e tenho orgulho, orgulho, em ser uma vaca!
(orgulho, orgulho, orgulho)