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Marradas, cornadas, coices e algumas lambidelas

quinta-feira, 6 de março de 2008

Ode ao Basculho

"Roubei" o seguinte texto daqui blog do submarino, mas não resisti, porque desde Alfred Jarry que ninguém escreve assim.
Deleitem-se:

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«ODE AO BASCULHO
Cruzei-me com um basculho
Numa rua com alto barulho
E pensei escrever-lhe uma ode...
Só quem o conhece pode:

1º capítulo
Evocação

Floresces em negras montanhas
Teu ninho ajeitas e amanhas
Tentas perverter o sistema,
Urdes um qualquer esquema
Levantas tua sinistra face
Preparas-te para qualquer enlace
Pois sabes que és mesmo feia
E teu sovaco é chulezenta meia.
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O basculho é sectário e só
Nas partes fodengas agasalha pó
Mas quando um cai na sua teia
Ou vai, ou racha! Ou come, ou arreia!
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E foi assim numa noite escura
Uivando pela minha sepultura
Lembrei-me no dia da liberdade
Que Porra! Tem de haver igualdade!
E disse: "Eu quero o meu basculho.
Metam-mo num embrulho
Em cores de vermelho e prata
Como quem não quer, mas engata.
Os meus direitos já conheço
E meus neurónios entorpeço.
Saia, então, um desses odres
Pois qual Dinamarca, meu reino é podre."
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E ela levantou-se hossanas gritando,
Seus longos braços, tortos, acenando,
Seu lindo olhar, negro, soltando,
Seu belo traseiro, gordo, se farpando,
Sua voz maviosa, estridente, guinchando,
Sua pele luzídia, porca, mostrando,
Chama-me com seu hálito tresandando
E eu, louco... ia quase desmaiando...
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Botei mais um golo desse gin
Sabia que tinha de dizer que sim
Ataquei a botelha, dei-lhe sem perdão.
De tudo sairá, menos um "não"!
E até ao fim a botelha entornei
É certo, Deus, no vinho pequei,
Mas como a gaja no Verão medra
Comer um basculho é uma pedra.


2º capítulo
Acção

Cavalgava-a, agora, por trás
Possuía-a como Satanás
E ela uivava como uma hiena
Queria da grande... e também da pequena.
Toma lá, sua rata do esgoto
És linda, pareces meu escroto.
Consegues, enquanto rompo o buraco
Leviana lamber-me o saco?
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A tropel saltei-te na frente
Sentiste meu troço ardente
(E como a bíblia sempre leremos,
Aí vai, meus caros: Oremos!)
Do sofá furei já o estofo
Tua rata tresandava a mofo
Meti-lha, então, na cloaca,
Não falava, lá tinha a estaca.
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Altaneiro, já me sentia Rei
Encavar-te era a minha Lei
E dar-te-ei tantas meu vacão
Que terei teu nariz por ususcapião.
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Teus bigodes coçam-me o salho
Enquanto lençóis louco emporcalho...
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Venho-me, agora, nos teus dentes
Trincar-ma, nem sequer tentes
Que te dou com meus guizos duros
Ponho essas bordas a render juros
Esporro-me no teu ouvido,
Pelo nariz sai o que tinhas bebido
E enquanto pelo meu pau almejas
Nas bordas da gaita com os lábios esbordejas...»

6 comentários:

Anónimo disse...

LOOOOOOOOOOOOOOL!

Anónimo disse...

LoL LoL LoL LoL LoL

Anónimo disse...

O RTM é um Camões, não há dúvida...

Anónimo disse...

...

Anónimo disse...

Gostei de suas vaquinhas!

Anónimo disse...

Inspirador, no mínimo. Mas um pouco obsceno.