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Marradas, cornadas, coices e algumas lambidelas

sábado, 26 de abril de 2008

Inundada de realidade

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A ficção nem sempre imita a realidade, porque não tem capacidade para tanto.
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Há gente que se não existisse ninguém seria capaz de os inventar. O que em alguns casos nem era pena...
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Tenho um certo nó na cabeça e faço este exercício de ir escrevendo o que por dentro do meu juízo vai passando, na tentativa de tentar desfazer o nó.
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O motivo da confusão é o barão do Marco, também conhecido por Avelino Ferreira Torres.
Acabei de ver um momento de surrealismo do mais puro, numa graciosa entrevista ao Jornal da Noite, na sic.
E, ou eu não percebo nada de política e não consegui perceber patavina do que o senhor disse, ou ele não respondeu a nenhuma das perguntas que lhe foram feitas.
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De facto, política nunca foi o meu forte, mas também não foi esse o tema da entrevista.
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Ficaram-me retidas no Eustáquio algumas afirmações que agora tento digerir.
Uma delas foi quando Avelino Ferreira Torres disse que tinha um recibo que provava que tinha pago a um cigano para que ele não batesse no seu motorista (o tal que fugiu para o Brasil e voltou e que não era motorista dele).
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O cigano passou-lhe recibo?
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Um recibo que deve dizer "Recebi $$$ para não bater no motorista"...
Será que este cigano também passa recibos quando lhe pagam para bater???
Dará para abater no IRS????
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Ora aí está um exemplo que a DGI deveria agarrar para usar como propaganda.
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O tal alegado motorista tem muitos milhares de contos em dívida, pelos vistos, e todos lhe querem levar o couro, excepto Avelino, que segundo o próprio, é muito amigo dos pobres. E pede sempre recibo.
Ele pagou inclusivamente algumas dívidas pelo senhor que não é seu motorista, por caridade. Deve ter pedido recibos de tudo.
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Outra afirmação do senhor Avelino que me ficou foi ele ter dito que tinha muita pena do não motorista, porque ele comia muito pouco! (!!??)
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Maus fígados, provavelmente (ou medo da cicuta)...
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Mas também disse o ex-presidente do Marco que esse senhor (o que não foi motorista dele) andava sempre rodeado se «Javardos» (sic) que passavam a vida em almoçaradas... Talvez a ver se estimulam o apetite do "amigo", digo eu...
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Só quem viu, como eu, a entrevista, terá percebido o quanto se devem rir nas sessões de julgamento juízes, advogados e afins (ou então desesperarão, com a angústia de não conseguirem uma frase que soe vagamente a verdade da boca daquele senhor...).
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Foi realmente um divertido momento de humor, e os Gato Fedorento que se ponham a pau porque se o Nuno Santos também viu concerteza que os troca pelo Nosso Senhor do Marco.
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P.S. Não consegui desfazer o nó, mas pelo menos aproveitei-o para começar um lindo naperon de crochet...
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5 comentários:

Anónimo disse...

Eu também vi e realmente o gajo tem uma lata e uma certeza de impunidade que assusta!

Anónimo disse...

Afinal não fui só eu que viu, por momentos pensei que tivesse sido uma alucinação.

Anónimo disse...

Aposto que o Ferreira Torres é um extra-terrestre. Aproveita e faz o testre, não vá ele querer abduzir-te... ;)

www.terra.com.br/planetanaweb/quiz/ovni/index.htm

Belzebu disse...

Eu não vi essa entrevista mas não me surpreende nada! Esse cacique do Marco não existe! Depois da passagem dele pela "quinta das anormalidades" e o passado mais que duvidoso tudo é de esperar!

Aquele abraço infernal!

PDuarte disse...

Tu queres acreditar que até tenho uma certa simpatia por ele.
Eu acho que ele é o que de mais pitoresco existe na nossa forma de sermos aldarbões.
Um castiço.
Alegadamente um vigaro castiço.